Belo Horizonte recebe a exposição “Imagens que não se conformam”, no Memorial Minas Gerais Vale, até o dia 10 de março. Em suma, a mostra busca explorar outros modos de ver o Brasil, valorizando a sua diversidade cultural.
Realizada pelo Ministério da Cultura, Instituto Cultural Vale e Instituto Odeon, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura, a mostra apresenta ao público peças e obras raras e significativas do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil, e trabalhos de artistas mineiros contemporâneos, propondo um diálogo profundo acerca da desconstrução das narrativas históricas já constituídas. Com curadoria de Paulo Knauss e co-curadoria local de Fabíola Rodrigues em Minas Gerais, a itinerância que passou ainda por Pará e Maranhão reflete o trabalho de articulação do Instituto Cultural Vale na busca pela descentralização e integração das diversas manifestações culturais por todo o país.
Essa experiência, que circulou o Brasil ao longo de 2023, é baseada no diálogo entre o antigo e o novo, a exposição conta com curadores e artistas das respectivas localidades, reconhecendo assim a diversidade da produção contemporânea e inventariando a multiplicidade de visões sobre a história do Brasil.
A “Imagens que não se conformam”, no Memorial Minas Gerais Vale também marca a “volta para casa” do crânio do homem de Lagoa Santa, uma das raridades da coleção do IHGB. Descoberto entre 1801 e 1890 por Peter Wilhelm Lund nas grutas de Minas Gerais, o crânio simboliza a história da ciência brasileira do século XIX.
Artistas locais
Em Belo Horizonte, a exposição apresenta uma seleção de notáveis artistas, cada um trazendo uma abordagem única por meio de linguagem pictórica, instalação e performance. Yanaki Herrera explora as complexidades da migração, do folclore e da maternidade, envolvendo a memória e a crítica decolonial em suas obras. Massuelen Cristina desenvolve suas obras em torno das etnografias do rito, considerando tempo e espaço como elementos de desenvolvimento de narrativas simbólicas, bem como as iconografias que interligam corpo e território. Marcel Diogo é amplamente reconhecido por seus trabalhos que exploram questões políticas e a interseção entre o indivíduo e a imagem. Por fim, Froiid, por meio de seus objetos, ações e instalações, elabora conexões entre o jogo, a malandragem, a arte e a cultura periférica brasileira.
A exposição “Imagens que não se conformam” no Memorial Vale propõe interrogar visões estabelecidas sobre a história do Brasil com base no inventário de diferenças entre o antigo e o novo, a tradição e a inovação, a arte e a história, colocando em diálogo obras reunidas na coleção do IHGB e a criação artística contemporânea mineira, contando ainda com obras especialmente criadas no contexto desse diálogo.
Estivemos na inauguração da mostra e várias obras chamaram a nossa atenção, principalmente o crânio do homem de Lagoa Santa. Incrível ter a oportunidade de ver esta peça de perto!
A estreia da exposição aconteceu em 2021, quando esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR), onde o diálogo aconteceu com artistas cariocas.
INFORMAÇÕES ÚTEIS – IMAGENS QUE NÃO SE CONFORMAM NO MEMORIAL VALE
Data: Até 10 de março de 2024.
Local: Memorial Minas Gerais Vale.
Endereço: Praça da Liberdade, 640, Savassi.
Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado, das 10h00 às 17h30, com permanência até as 18h00. Quinta-feira, das 10h00 às 21h30, com permanência até as 22h00. Domingo, das 10h00 às 15h30, com permanência até as 16h00.
Entrada gratuita.
Fonte: Luz Comunicação.