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“LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol” no CCBB BH

Há 200 mil anos, a humanidade se pauta pelo curso da principal estrela do universo: o Sol. De entidade divina ao papel crucial na tecnologia, sua jornada é o fio condutor da exposição “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol”, a primeira grande mostra imersiva de arte digital do CCBB BH. Até 10 de fevereiro de 2025 o público poderá vivenciar gratuitamente, a experiência proporcionada por sete obras inéditas em BH.  A exposição tem patrocínio do Banco do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Oito artistas e estúdios de new media art brasileiros, que usam arte digital e a luz como elementos primordiais, foram convidados a criar as obras site specific, concebidas exclusivamente para o CCBB. A partir de projeções e trilhas sonoras autorais, as instalações evocam a poética do Sol para proporcionar experiências sensoriais. Assim, o participante ocupa o centro da obra e pode vivenciar a evolução e o poder deste corpo celeste, essencial à vida na Terra.

O CCBB BH encerra a itinerância da exposição “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol”. A mostra também passou por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, reunindo mais de 325 mil visitantes. “Os belo-horizontinos são muito interessados na relação da arte com as novas mídias e estamos ansiosos para ver o impacto que as obras vão criar no público”, comenta Antonio Curti, cofundador da AYA, estúdio de new media art que realiza a mostra, e Felipe Sztutman, diretor da AYA.

Continuum (Crédito: Sala 28)

Abordagem democrática

Para Antonio Curti, uma das características mais importantes de “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol” é a sua abordagem universal e democrática, que toca o íntimo de cada um, independentemente da idade, escolaridade ou classe social. “Não tem certo ou errado nessa exposição, não há uma barreira de conhecimento que impeça uma boa experiência. É para entrar, sentir e sair transformado. São obras muito livres e cada pessoa, a partir da sua bagagem, vai criar a sua relação, o seu diálogo com as obras.”

Mesmo em tempos de tantos estímulos, o curador destaca que a exposição capta a atenção, já que o visitante sai da contemplação, passa para a imersão e se torna parte da experiência. Tem ainda um certo mistério, pois o público não sabe como tudo é feito, o que está por trás de cada obra, o que faz parte do encantamento da exposição. 

Potência da arte digital brasileira

Acompanhando a evolução da tecnologia no mundo, a produção artística em novas mídias vem crescendo no Brasil e revelando grandes talentos. Ao desafiar os limites da expressão artística, obras autorais criadas na era digital posicionam o país entre as referências de new media art.

LUZ ÆTERNA é um exemplo dessa cena. Segundo Felipe Sztutman, a mostra funciona como um hub criativo, no qual artistas brasileiros compartilham experiências e exploram soluções técnicas, culminando em uma exposição inovadora e destacando a capacidade do Brasil.

A participação exclusiva de brasileiros na exposição, como assinala Antonio Curti, demonstra essa potência. “Eles fazem parte de um novo movimento artístico, de extrema importância. Ao usarem recursos digitais e a luz como suporte para ativar poéticas, dialogam com aspectos contemporâneos da sociedade e com vários públicos.”

Obras que integram a exposição “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol” no CCBB BH:

“Gênesis”

Obra da AYA Studio, fundado por Felipe Sztutman e Antonio Curti, conta a história e influência do Sol, desde a sua origem até o seu papel fundamental na geração de eletricidade. Por meio de uma sala de projeção, os visitantes podem vivenciar a evolução e o poder do Sol, de uma forma lúdica, imersiva e sensorial – a trilha sonora original é da compositora Juvi Chagas. “Gênesis” ilustra como essa estrela central não apenas deu forma ao universo, mas também continua impactando a vida diária, a tecnologia e a sustentabilidade.

Gênesis

“Fluido Solar”

Da artista ERO, é uma obra participativa que representa a busca pela iluminação, destacando o contraste entre o desconhecido e a luz interior de cada ser humano. A peça artística desafia a bidimensionalidade ao flutuar no espaço central da sala, oferecendo raízes como conexão com a Terra e a natureza. Transformando-se em um espelho interativo, ela reflete a jornada de cada visitante, convidando-o à contemplação da própria essência e da luz interior. Essa experiência pessoal ressalta a autodescoberta como um processo íntimo e incentiva a partilha dessa luz para guiar outros em suas jornadas.

“Continuum”

Esta obra usa dados em tempo real de fenômenos solares e meteorológicos captados via satélite. O espaço, criado pela Sala 28, de Junior Costa Carvalho e Rodrigo Machado, é composto de barras de LED endereçáveis pixel a pixel. A luz transcende seu papel tradicional e torna-se a narradora de histórias cósmicas. Na obra, a luz é mais que um fenômeno. Isto é, ela atua como a linguagem universal que convida o visitante a interagir e contemplar os ruídos de um universo sempre em movimento.

“Perihelion

Aborda o fenômeno da essencialidade na natureza. Assinada pelo artista Bruno Borne, a obra mostra o gradual processo de despojamento, de economia de recursos, para se voltar ao que é essencial. A exatidão dos ciclos e o fetiche das órbitas pulsam. O céu é captado, reprocessado e projetado, em tempo real, no interior da sala, como uma câmera obscura. Nesse engenhoso processo, relógios concêntricos são postos em ação. O primeiro, uma elipse, tem o ciclo de um minuto e vai da escuridão à luz intensa, com um som que, sinestesicamente, funciona como um sino de anunciação. O segundo dura uma hora, marcando a rotação em torno de um espelho convexo circular (espécie de Lua, que reflete e difunde a luz do céu no ambiente). O terceiro circuito se estende do solstício de verão até seu equinócio.

Perihelion (Crédito: Bruno Borne)

“Aquarela de Íons”

Arthur Boeira e Gustavo Milward propõe uma reflexão sobre a magnitude solar e seu poder de influenciar até mesmo corpos distantes em forma de data art. A obra envolve um sistema celestial e satélite que captura os íons solares e os apresenta de uma maneira imersiva e sensorial para o público, com a aproximação do espaço e território humano por meio de som, luz e imagem. Como resultado, a peça utiliza dados retroativos de fenômenos solares e apresenta um formato visual que narra as atividades do Sol nas últimas décadas.

Photosphere”

Integrando elementos astrofísicos e biológicos em uma experiência audiovisual sensorial, “Photosphere” é assinada pelo artista Vigas. A obra mostra, por meio de uma tela circular, a dinâmica da fotosfera solar, com elementos e dados reais coletados do universo a fim de criar padrões vibrantes e cores efêmeras. Sincronizada com uma trilha sonora original baseada em sons reais captados do espaço, a instalação estabelece uma conexão entre luz e som. Ademais, transmite a intensa variação de energia solar.

Os visitantes recebem o convite para mergulhar em uma jornada que capta a essência do Sol como fonte de vida e sua influência profunda sobre a Terra e suas criaturas. “Photosphere” é uma celebração sensorial que convida o público a contemplar a riqueza de significados que o Sol oferece. Ou seja, desde sua essência física até seu impacto na vida terrestre.

Photosphere

“Céu Zero”

Obra criada pelo artista Matheus Leston, questiona a forma de ver as coisas, usando, como pano de fundo, o horizonte. A peça artística traz questões como: o que aconteceria se, de alguma maneira, nós conseguíssemos capturar o horizonte? O que aconteceria se, finalmente, ele estivesse ao nosso lado e na altura dos nossos olhos? Talvez assim fosse possível entender que o céu não é plano, como nos parece quando olhamos para cima. Por outro lado, talvez assim fosse possível entender que as coisas que vemos não acontecem apenas uma ao lado da outra, mas também uma atrás da outra. Por fim, talvez assim fosse possível ver a luz se espalhando e dominando o espaço. 

Céu Zero (Crédito: Matheus Leston)

Acessibilidade – “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol” no CCBB BH

As sete obras que integram a mostra possuem audiodescrição e versão em Libras, disponível a partir de QR Codes em cada sala da exposição. Ademais, a mostra conta com um objeto tátil, que aquece a partir do toque do visitante, fazendo referência à obra “Fluido Solar”, da artista Ero.

Sobre a AYA

Criado em 2018 pelo artista Felipe Sztutman e pelo curador Antonio Curti, em resumo, AYA é um estúdio de new media art brasileiro. O foco é o desenvolvimento de projetos culturais que envolvem a criação de obras de arte, instalações imersivas e exposições que permeiam a arte digital e de novas mídias. Só para exemplificar, entre as exposições criadas pelo estúdio estão “Dimensão”, com obras em parceria com o duo japonês Nonotak Studio, a criação da projeção imersiva “Van Gogh Live 8K”, a realização da mostra “Oceanvs – Imersão em Azul” e da exposição “Arte da Alma – A História da Tatuagem no Brasil”. O estúdio AYA ainda desenvolve instalações imersivas e obras de arte para marcas como Heineken, Audi, Volvo, Becks, São Paulo Fashion Week, entre outras.

Circuito Liberdade 

Antes de tudo, o CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Desse modo, trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda. Além disso, visa a democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

INFORMAÇÕES ÚTEIS – “LUZ ÆTERNA – Ensaio Sobre o Sol” no CCBB BH

Data: Até 10 de fevereiro de 2025

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte – Galerias do 3º Andar

Endereço: Praça da Liberdade, 450, Funcionários – BH/MG

Funcionamento: Aberto de quarta a segunda, das 10h00 às 22h00.

Classificação indicativa: Livre.

Ingressos gratuitos: disponíveis em ccbb.com.br/bh e na bilheteria física do CCBB BH.


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